terça-feira, 26 de agosto de 2014

TEXTOS DOS ALUNOS - OLIMPÍADA DE PORTUGUÊS

Cheirinho de casa de vó

Lukas Akira Kishimoto Soares – 7ª série B
ProfªElizângela Áreas Ferreira de Almeida

Ah... que lembranças agradáveis me vem à cabeça só de pensar na minha infância. Basta eu ficar um pouquinho parado e pensativo que as imagens vêm em minha mente, cada qual carregada de acontecimentos e vão disputando um lugar em minha memória...
Quando a gente é criança todo lugar é mágico e misterioso... e é cenário para as inúmeras brincadeiras. Basta estar sozinho no quintal de casa que esses pequenos metros quadrados já se transformam em um mundo movimentado, habitado por gente grande que sempre está ocupada em seus afazeres e nós, crianças, nos preocupamos apenas em observar tudo à nossa volta. Tudo é muito intenso... sons, cheiros.
Lembro-me de quando cheguei ao Brasil, comseis anos, não sabia muito comparar, mas logo percebi que as ruas tranquilas do Japão foram substituídas por avenidas muito movimentadas e que por aqui, apesar da pobreza, as pessoas tinham mais tempo para se divertir e ficar com a família. Eu e meus pais fomos morar com minha avó,e nem é preciso dizer que casa de vó é o melhor lugar do mundo! A casa era muito aconchegante e alegre, rodeada de plantas e animais.
Minha vida de menino resumia-se a acordar bem cedinho e aguardar ansioso pelo café quentinho de minha avó. Enquanto arrumava-me, aquele cheirinho ia se espalhando pela casa e logo me assentava à mesa com meus pais para aquela primeira refeição do dia, que eu tanto adorava!
A escola era a minha segunda casa... um lugar cheiinho de crianças alegres que corriam para lá e para cá, sem cansar... e rapidamente se transformavam em pequenos anjinhos quando entravam na sala de aula.
No trajeto de volta da escola, ia tentando adivinhar,pelo aroma, as refeições que estavam sendo preparadas no interior das casas... e qual não era a minha felicidade quando aproximava-me da minha e logo sentia aquele cheirinho único de comidinha de vó. Não sei explicar... era muito diferente!
Logo após o almoço, vinha a sesta da família, menos a minha que nunca acontecia. Aproveitava então para ir brincar no quintal, mas lembro-me como se fosse hoje, sentava-me próximo ao portão e ficava observando a rua, as árvores, os carros, o sol brilhando forte. Será que é só criança que ouve os pássaros, os cachorros e gatos? Não sei... Só sei que tudo ali naquele lugar era muito interessante! Uma mistura de sons, que mais parecia uma sinfonia... muitas cores e movimentos!
Só depois de tudo isso,lembrava-me dos meus carrinhos e me divertia de forma tão intensa que, em um piscar de olhos, minha avó vinha me chamar para lanchar. Claro que não seria preciso se eu não tivesse mergulhado naquele mundo fantástico com muitos carros que iam e vinham, estacionavam e voltavam a circular... E como eram iguaizinhos àqueles os quais ficava horas e horas observando em minha rua... Não seria preciso chamar-me, pois aquele cheirinho de bolo de fubá e café já começava a invadir todo aquele espaço...
Após o café da tarde, no finalzinho do dia, pegávamos as cadeiras e nos sentávamos à frente do portão junto com os vizinhos e ali ouvia muitas histórias, conversas e até assuntos banais e curiosos, os quais não entendia muito bem, mas não sei porque gostava de ouvi-los.
De vez em quando, nas tardes mais quentes, saboreávamos um delicioso picolé da sorveteria que, por privilégio de qualquer criança, era em frente de casa!

Na hora do jantar, todos os moradores da casa sentavam-se em uma grande mesa e alimentavam-se, recontando as aventuras do seu dia. Logo íamos dormir e um novo dia recomeçaria. Enfim, esse lugar onde moram minhas memórias de infância tem cheirinho de casa de vó!

Texto escolhida para participação nas “Olimpíadas de Língua Portuguesa”
Tema: O lugar onde vivo/ atrelado ao despertar da cidadania
Gênero: poema

            Aluna: Ana Júlia Sobrinho dos Santos 6º Ano A
Professora: Cícera

Meu espaço: minha vida, meu aconchego...
            O Bairro onde moro
            É pequeno, todos se conhecem
            De dia os pássaros cantam
            E à noite a lua ilumina o céu

            A natureza canta e encanta esse lugar
            E o homem o que faz?
            Quase nada, joga lixo na calçada, emudece o rouxinol na gaiola.

            Por isso se esse bairro fosse meu
            Iria proibir que as pessoas contaminassem o meio ambiente.

            Se esse bairro fosse meu...

            Iria proibir as pessoas de ficarem tristes
            Todos teriam que sonhar, sem ter que pagar impostos.

            Se esse bairro fosse meu...

            As crianças deveriam rir e brincar naquela pracinha verde,
            Onde ainda os pássaros insistem em cantar.

            Se esse bairro fosse meu...

            Não deixaria as pessoas passarem necessidades, nem roubar, nem matar.

            Se esse bairro fosse meu...

            Seria um doce aconchego,
            Onde quem conhecesse
            Nunca mais gostaria de sair.

            Se esse bairro fosse meu, seria de todas as pessoas, de todas as crianças e de todos os animais.

            Se esse Bairro fosse nosso, viveríamos em constante harmonia com Deus, com os animais e com a natureza...

            Ah! Se esse Bairro fosse nosso!





Texto escolhida para participação nas “Olimpíadas de Língua Portuguesa”
Tema: O lugar onde vivo/ atrelado ao despertar da cidadania
            Aluna: Vitória de Souza Pinto / 7 º Ano A
Professora : Cícera
Gênero: Memórias literárias
 
Tempos memoráveis
            Lembro-me como se fosse hoje dos dias de alegria vividos em minha rua, o lugar permanece o mesmo, o que mudou foram as pessoas, suas atitudes e a sua interação com os outros e com o meio ambiente.
            Ainda pequenina de pé no chão podia sentir o quanto as pessoas eram felizes, uma dava força para a outra nos momentos difíceis que a vida nos impõe. Agora adolescente, percebo que não sei por qual motivo,  todos se afastaram. Olham-se sem se ver. Esbarram-se, mas não se tocam. Falam-se, mas não param para ouvir o outro.
            O que aconteceu?
            Enquanto a natureza, meu amigo, essa continua a mesma apesar das devastadoras atitudes do homem. Outrora tudo era belo, podia-se andar na rua com tranquilidade sem ter que sentir o cheiro da poluição das chaminés das fábricas e das substâncias nocivas lançadas pelos automóveis.
            Será que essa poluição entorpeceu o pensamento dessas pessoas?
            A árvore que costumávamos brincar embaixo, parece desbotada pelo tempo e pela incompreensão humana. Onde antes aquele era um lugar repleto de risadas, gritos e cantar de pássaros, hoje reina a sujeira. As risadas foram substituídas pelo barulho incessante dos carros de uma avenida que foi construída ali por perto e os gritos de alegria foram alterados por pedidos de socorro, pois muitos assaltos ocorrem nessa região.
            Até as brincadeiras daqueles tempos desapareceram. As crianças da minha rua não brincam mais como antigamente. Quem não se lembra do pique esconde? Ou do pega-pega e queima? E até mesmo de soltar uma pipa inocentemente e vê-la dançar no balanço do vento? Ah, que saudades eu tenho! 
            Nos dias atuais as crianças quase não brincam mais, nem mesmo se reúnem para conversar ou até mesmo para tomar sorvetes nos dias quentes ou correr para se aquecer nos dias de inverno. Por quê? As gangorras de madeiras e os balanços de pneus foram trocados por celulares, computadores e tabletes. Enfim, a palavra brincar está sendo substituída pelo termo acessar e eu só tenho a lamentar.
            Onde estão os memoráveis por de sol?
            E mal conseguíamos esperar as festividades de junho. Na época das festas juninas, a nossa rua era fechada e as pessoas, as comidas e as brincadeiras passavam a compor esse cenário. As gargalhadas se combinavam com o som da quadrilha.  Ainda hoje posso sentir o cheiro daquela pipoca feita ao relento. Agora tudo se perdeu, até o cachorro quente não tem o mesmo sabor.
            Tenho saudades até das fofocas da Dona Sebastiana que se reunia na rua para falar de um casal de namorados que se abraçava em um banco de praça e inebriados pelo amor mal não davam atenção aos murmúrios que se espalhavam pela noite.
            Quem não se lembra do gelinho da Dona Maria? Melhor ou igual não há. Em momentos de calor ela os fazia e os distribuía às crianças, simplesmente pelo prazer de dar e vê-las sorrir. Hoje ela não existe mais e a sua casa está vazia como os corações dos homens que moram nesse lugar.
            Antigamente em meu bairro tudo era colorido, os pássaros cantavam anunciando um novo dia e a noite era presenteada com a beleza da lua e das estrelas que iluminavam, enchiam de tranquilidade e acalentavam de paz os nossos corações.
            Espero que um dia essa saudade possa se transformar em realidade e tudo possa se transformar como era outrora na minha rua, onde ser criança era mais fácil e prazeroso.
            


Vida

Olegário T. Júnior – 1º B
ProfªElizângela Áreas Ferreira de Almeida

Poderia falar de muitos lugares famosos desses que aparecem nas revistas e filmes... Mas prefiro falar de um lugar simples, mas cheio de significado: minha casa! Não, não é uma casa muito engraçada que só tem tetos e mais nada. É um mundo. Isso mesmo, um mundo de histórias e lembranças. Um mundo que acorda todos os dias às seis horas e adormece logo após o jantar.
É neste lugar que um dia me pus a pensar... e aos poucos, sentado na varanda, observando as nuvens pálidas que anunciavam um temporal, eis que me surgem, no mundo de minhas ideias, imagens simultâneas que aos poucos se sobrepõem em minha mente e direcionam meu olhar. Estou eu ali, parado e começo a ouvir as vozes das crianças na praça dizendo: “Tá na mão!...”. É tarde de domingo e lá estão elas, correndo de um lado para o outro atrás de uma pipa, mas sorriem e empurram-se, gargalham-se e correm... afinal, brincadeira é um ato de gracejo, uma forma de encontrar e compartilhar alegria. Não há transeuntes lá fora e o silêncio revela que a vida resolveu dar uma pausa temporária e reforça ainda mais a preguiça do primeiro dia da semana.
E de repente já é segunda-feira... Posso ver a correria dos trabalhadores, homens uniformizados de azul, laranja, alguns inteirinhos de branco... Alguns de moto, outros apressados dentro de seus carros que buzinam apressados. Um carro a cada cinco segundos atravessa o cruzamento movimentado bem ali à minha frente.
O tempo passa, o dia nasce depressa e o sol já no alto do céu anuncia que há muito o que se fazer!Nesse momento, meus pensamentos encontram a família toda reunida para o jantar. O dia fora duro... muito trabalho e estudo, mas a prosa daquelas horas se mostra muito boa! Trata-se de um momento único, repleto de emoções, quando todos,assentados à mesa, aguardam a deliciosa comida de mamãe, e os acontecimentos do dia começam a ser revelados... um a um! Quantas histórias...
A mente repousa então na sala de estar, o lugar mais gracioso da casa, cheiode pufes, almofadas e tapetes... e o coração desacelera de seu desenfreado pulsar.
É hora de dormir, todos nos saudamos, mas ao entrar no quarto e me aproximar da janela para fechá-la, sinto o ar puro vindo de fora e algo me convida a apreciar aquela paisagem tão conhecida que é a do quintal de casa.
Debruço-me sobre a base da janela e fecho os olhos...é como se minha mente esvaziasse e eu pudesse ouvir o respirar das árvores do pomar. Então, abro meus olhos e fixo-os em um caule rodeado por folhas secas, rodeado de tantos outros galhos sem vida, mas avisto ainda, bem lá no alto, uma única folha tomada pela clorofila: uma esperança!
Quanta água, meu Deus! Não para mais de chover neste lugar... e eu aqui,  verdinho em folha... com um sol enorme brilhando dentro de mim! É hora de estudar... pois a vida neste lugar, começa muito cedo e não espera ninguém acabar de sonhar!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Parabéns aos meus alunos do 1º B da E.E. Profª Maria Cecilia Ferraz de Freitas pelo vídeo produzido para o Concurso de Curta-metragens do MEC - Tema: Personalidades Negras. " Mudando o mundo" e escolhido para representar a escola neste concurso

Profª Elizângela de Almeida



quarta-feira, 23 de abril de 2014






Projeto “ Dê asas à imaginação de uma criança... doe um brinquedo e um livro!” desperta alunos e comunidade para uma ação social
Projeto de Língua Portuguesa na E.E. Profª Maria Cecília Ferraz de Freitas resgata a história de um brinquedo e a memória da infância, culminando em uma exposição aberta à comunidade.

A equipe de professoras de Língua Portuguesa da E.E. Profª Maria Cecília Ferraz de Freitas reuniu-se com a equipe gestora, no início deste ano letivo,  para idealizarem um projeto que casasse com as ações de sustentabilidade já desenvolvidas na escola e, ao mesmo tempo, proporcionasse momentos de reflexões e incentivo a ações sociais entre os alunos e a comunidade.
Além disto, o projeto deveria atender às reais necessidades de aprendizagem desses alunos e  possibilitar o  desenvolvimento das competências leitora e escritora,  mediante atividades envolvendo a leitura e produção de diferentes gêneros textuais,  previstos nas situações de aprendizagens  da Proposta Curricular da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Foi assim que nasceu o projeto “ Dê asas a imaginação de uma criança... doe um brinquedo e um livro”, o qual resultou em uma exposição  aberta ao público no último dia 04 de abril.
Inicialmente, houve um trabalho de conscientização sobre a importância da doação dos brinquedos e dos livros, produzida pelos próprios alunos dos 8°s anos em aulas de Língua Portuguesa, através da elaboração de cartazes, contendo campanhas publicitárias, as quais foram expostas nos murais da escola e em locais públicos da comunidade. Em seguida, vieram momentos de reflexão em torno do mote: “ Como fazer uma criança feliz...” os quais resultaram em produções de diferentes gêneros textuais.
Os alunos doavam um brinquedo e um livro e participavam de oficinas de leituras e escrita em sala de aula. Ao doar o brinquedo, cada aluno era convidado a resgatar a memória da sua infância, em uma entrevista extraclasse com os pais e responsáveis, e, posteriormente na aula, contar a história daquele brinquedo. Essas histórias foram escritas em vários gêneros, de acordo com o conteúdo proposto para cada idade/série. Sendo assim, os 6°s anos produziram contos, os 7°s anos relatos, os 8°s anos memórias e os 9ºs anos artigo de opinião.
Todas essas histórias foram reunidas em uma coletânea da classe, ilustradas com as fotos dos  brinquedos. Os 6°s  e 7°s anos também participaram de um concurso interno que elegeu a melhor  ideia em forma de desenho para a confecção da faixa  de entrada da exposição.
Todos os brinquedos, suas respectivas histórias, os livros e demais trabalhos dos alunos foram expostos no Salão Nobre da escola,  no dia 04 de abril, o qual recebeu a visitação dos pais e comunidade. Neste dia também houve a apresentação da música “ Brincar de Ler” por um coral, composto por alunos dos 6°s anos e 7ºs anos, sob a orientação da profª da Sala de Leitura Célia Cristina da Silva Dias.
Segundo, Sílvia Aparecida dos Santos Gelamo do Carmo, diretora da escola,  “O projeto foi um sucesso, pois as crianças puderam vivenciar no concreto,  experiências significativas de leitura e  produção escrita, como também despertou os alunos e comunidade para uma ação social”.
Uma parte desses brinquedos e de suas respectivas histórias irá compor o acervo do Museu Brinquedotecnoteca, que está sendo idealizado no curso de Biblioteconomia da UNESP/Marília e a grande maioria será doada para uma instituição que abriga menores. Alunos e professores visitarão essa instituição e entregarão os brinquedos e os livros às crianças e desenvolverão junto a estas, oficinas de leitura e produção de histórias.

As professoras Elizângela Áreas Ferreira de Almeida, Cícera Severino da Silva, Regina Aparecida Samuel Miguel, Rosângela Terezinha Ticianelli Pires e Célia Cristina da Silva Dias e a PC Myrtes Mara Pereira Vello estão satisfeitas com os resultados obtidos e pretendem dar continuidade ao projeto no 2° semestre, editando e publicando um livro com as histórias produzidas pelos alunos, o qual será entregue a eles em um evento literário - Tarde de Autógrafos na Escola. Todas as ações deste projeto serão divulgadas aqui no blog da escola.

PÁSCOA

Imaginou transformar a aula de Língua Portuguesa em uma Fábrica de Chocolate?
Véspera de Páscoa em nossa escola ganha um sabor especial
Pois é, na semana que antecedeu a Páscoa, os alunos das 7ªs séries A e B, orientados pela professora de Língua Portuguesa, Elizângela A. F. de Almeida, confeccionaram bombons de chocolate e vivenciaram na prática o que a prescrição de uma receita culinária pode resultar!
Você pode estar se perguntando o que bombons de chocolate têm a ver com as aulas de Língua Portuguesa... As respostas são as mais variadas possíveis, indo desde as inteligentes respostas apresentadas pelos alunos nos vídeos abaixo, até a clássica argumentação da professora sobre o conteúdo, as habilidades e competências desenvolvidas com esta atividade aparentemente tão recreativa.
Resumindo, o objetivo era levar os alunos a efetivamente ler, interpretar e pôr em prática as informações contidas em um texto prescritivo( o efeito de sentido causado pelos verbos no modo imperativo, as características do gênero prescritivo/injuntivo, conteúdos sugeridos na proposta curricular e estudados pelos alunos durante o 1º bimestre).
É claro que, juntamente a isto, visava-se à construção de valores os quais nascem da cooperação, do trabalho em grupo e das ações coletivas e que tanto fortalecem o relacionamento interpessoal e a convivência escolar.
Alguns conceitos também foram desmistificados, tais como: “cozinhar é coisa de menina”, “criança e adolescente não consegue e não deve cozinhar”, “os textos são coisas de livros, são palavras mortas num papel e não estão relacionados ao cotidiano das pessoas”, entre outros...

Todos os alunos dessas salas participaram ativamente, quer seja doando um ingrediente, pondo a mão na massa, literalmente, organizando a sala, embalando os bombons e avaliando todo o processo... Uma verdadeira fábrica de chocolates, cujos artesãos eram felizes aprendizes!

terça-feira, 11 de março de 2014

Exposição – “Ritmos e Poesias”

Sequência Didática, desenvolvida no mês de Fevereiro/2014, em aulas de Língua Portuguesa, envolvendo a leitura, interpretação e produção de músicas e poemas (sonetos), sob a temática “ Amor”
Público-alvo: 7ªs séries A e B do Ensino Fundamental e 1ºs anos A, B, C e D do Ensino Médio
Professora: Elizângela A. F. Almeida


Parabéns aos alunos! Os textos produzidos superaram as nossas expectativas e revelam-nos novos talentos.




Parafraseando Manuel Bandeira

7ª A


A Camisa da Índia ( Paráfrase do Poema “ O Porquinho da Índia”

Gabriela dos Santos de Lima

Quando eu tinha seis anos,
Ganhei uma camisa que veio da Índia... Nada de empolgação!
Ela estava fora dos meus planos,
Porque a camisa não era do meu time do coração!

Deixava-a na sala
Em qualquer lugar
Mas minha mãe a achava!

Queria deixá-la lá mesmo no chão
Debaixo do fogão...
A camisa da Índia foi minha maior  decepção!


7ª B
Jerimunda ( Paráfrase do poema “Teresa”)

Lucas Akira Kishimoto Soares

A primeira vez que vi Jerimunda
Achei que ela tinha umas pernas bonitas
Achei também que a cara era tão bonita quanto às pernas

Quando vi Jerimunda de novo
Achei que seus olhos eram muito mais belos que os meus
( Os olhos dela eram verdes e grandes)

Da terceira vez, eu vi tudo...
As estrias se misturaram com as celulites
As gordurinhas se moveram sobre os braços
Mas do mesmo modo me apaixonei!!!

Que mulher que tudo isso não tem?!


1º A

Produção de Soneto com a temática “ AMOR”

Coisas do destino

 Isabela Caroline Andrade dos Santos
                                                                                                               
O amor que não é correspondido machuca,
A vontade louca de se verem é o que dói,
É a ferida que fica no peito e o destrói...
São duas mãos que se desentrelaçam ao sol.

Momentos vividos vão sendo esquecidos, para trás
E sempre um vai acabar sofrendo mais...
Os dias vão passando,  e a saudade ficando cada vez maior
Dias felizes que se acabaram por um triz.

Um destino que estava traçado se foi
Os sonhos que foram criados já não existem mais
Cada um com sua vida, sem olhar para  trás.

A música toca no rádio e a lágrima cai
Pensamentos voam longe e querem  voltar atrás
A ilusão que restou dói cada dia mais!